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Uma flor melancólica
plantada num jardim
de espanto.

Levando o caminho por dentro dos passos.

Foto de Fábio Nobre

Quem sou, quando penso em mim?

Um ser que precisa das palavras para vislumbrar o seu reflexo. Procura nas histórias e poesia um caminho que se faz sentindo. Se todos temos uma missão nesta terra, a minha tem de passar pelas palavras. A metamorfose da carne em metáfora, a busca por um ápice de beleza, e a noção de que não é preciso sair do lugar para a encontrar. Os átomos que me compõem emprestam-me esta consciência com que me conecto a Deus. O meu trabalho, a minha história, a minha vida. Como diria o grande Jorge Luís Borges "Não importa a minha felicidade ou infelicidade./Sou o poeta".

Como cheguei até aqui

Livros Favoritos

De "Siddharta" a "O Principezinho"

Todo o escritor é, antes de mais, leitor. E todo o leitor tem obras que constituem a sua espinha dorsal. Poderia falar de muitas delas, mas deixo aqui as dez que mais me marcaram (sem ordem específica):

- O Principezinho;

- O Estrangeiro;

- Siddharta;

- Fernão Capelo Gaivota;

- A Metamorfose;

- Bartleby;

- As Velas Ardem até ao Fim;

- Memorial do Convento;

- Os Irmãos Karamazov;

- Os quatro evangelhos de Jesus.

Viagens Marcantes

Livros que se lêem existindo

Se um livro nos obriga a ler para dentro, uma viagem obriga-nos a ler para fora. Contribui para a queda de muros, e as linhas reais que nos separam começam a tornar-se mais difusas, quando viajamos. Aterrar em Cuba no dia da morte de Fidel Castro, presenciar uma cerimónia sagrada em Kathmandu, andar perdido nas estradas de Pai, na Tailândia, ou conhecer os recantos protegidos de São Tomé, tudo isso nos acorda para um outro mundo dentro do mundo, e nos humilda. A viagem para nós mesmos é também a viagem rumo ao outro. E viajar é uma das minhas chaves para aí chegar.

As Pessoas

As relações interpessoais são o mapa e o tesouro

Tudo existe em relação. Nada isolado mantém o seu valor. E nesta teia de interações, somos simultaneamente professores e aprendizes. As pessoas revelam-nos caminhos interiores, mas também nos ajudam a discernir entre o bem o mal. Tudo é como tem de ser, mas a viagem só pode ser devidamente sentida com a nossa tribo. Estamos todos conectados, e só poderemos atingir o nosso expoente máximo se aceitarmos e navegarmos esse mar. Sem as pessoas que fizeram e fazem o meu caminho, eu seria um sem-abrigo da existência. A luz partilha-se, caso contrário, para que a queremos?

Os meus Livos

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